14 de abr. de 2011

Monólogo de uma Mulher Moderna


O texto abaixo, mostra os nossos 'tempos modernos' onde fica claro que as empresas dão mais valor ao trabalho do que à família - que é a célula de nossa sociedade.

Não somos contra a mulher trabalhar, conquistar a sua carreira profissional, ganhar dinheiro, etc. Mas como ficam os nossos filhos? Em creches, escolas de tempo integral, com os avós, empregadas, pessoas estranhas, etc? Eles estão sendo educados pelos seus pais que têm o seu tempo mais valioso 'vendido' para as empresas? O que sobra para a sua família? Dinheiro, dívidas, doenças, velhice, a hora de dormir, inconsciência completa, filhos desajustados, pais separados, etc.

Reclama-se de que a violência, os assaltos, suicídios, homicídios, as drogas, as bebidas alcoólicas, muitas 'desgraças' vêm aumentando a cada ano, mas será que não esquecemos da nossa família?

O futuro está nas mãos das nossas crianças. Fico perturbado em saber o que elas farão com o presente que estamos criando para elas.

Precisamos refletir seriamente e mudar este quadro deprimente onde quem sempre ganha é o homem 'predador' e inconsciente do seu mundo e do seu planeta.

Família unida pelo AMOR com crianças saudáveis, nutridas e educadas - este deveria ser o lema das nossas empresas e dos nossos governantes.

Leia e reflita...



São 5h30 da manhã, o despertador não pára de tocar e não tenho forças nem para atirá-lo contra a parede.

Estou acabada.

Não quero ir trabalhar hoje.

Quero ficar em casa, cozinhar, ouvir música, cantar, etc.

Se tivesse um cão,  levaria-o para passear nas redondezas.

Tudo, menos sair da cama, meter a primeira e ter de por o cérebro a funcionar.

Gostaria de saber quem foi a bruxa imbecil, a matriz das feministas que teve a idéia de reivindicar os direitos da mulher e porque o fez conosco que nascemos depois dela?

Estava tudo tão bem no tempo das nossas avós; elas passavam o dia todo bordando, trocando receitas com as suas amigas, ensinando mutuamente segredos de condimentos, truques, remédios caseiros, lendo bons livros das bibliotecas dos seus maridos, decorando a casa, podando árvores, plantando flores, recolhendo legumes das hortas e educando os filhos.

A vida era um grande curso de artesãos, de medicinas alternativas e de cozinha.

Depois, ainda ficou melhor, tivemos os serviços, chegou o telefone, as telenovelas, a pílula, o centro comercial, o cartão de credito, a Internet!

Quantas horas de paz a sós e de realização pessoal nos trouxe a tecnologia! Até que veio uma tipa, que pelos vistos não gostava do corpinho que tinha, para contaminar as outras rebeldes inconsequentes com idéias raras sobre 'vamos conquistar o nosso espaço'...

Que espaço?!

Que caraças!

Se já tínhamos a casa inteira, o bairro era nosso, o mundo aos nossos pés!

Tínhamos o domínio completo dos nossos homens, eles dependiam de nós para comer, para se vestirem e para parecerem bem à frente dos amigos...

E agora, onde é que eles estão?

Agora eles estão confundidos, não sabem que papel desempenham na sociedade, fogem de nós como o diabo da cruz.

Essa piada, acabou por nos encher de deveres.

E o pior de tudo é que acabou nos lançando no calabouço da solteirice crônica aguda!

Antigamente, os casamentos eram para sempre.

Porquê?

Digam me porquê...

Um sexo que tinha tudo do melhor, que só necessitava de ser frágil e deixar-se guiar pela vida começou a competir com os machos...

A quem ocorreu tal idéia?

Vejam o tamanhão dos bíceps deles e vejam o tamanho dos nossos!

Estava muito claro que isso não ia terminar bem.

Não aguento mais ser obrigada ao ritual diário de ser magra como uma escova de dentes, mas com as mamas e o rabo rijos, para o qual tenho que me matar na academia, ou de juntar dinheiro para fazer uma mamoplastia, uma lipo, ou implantes nas nádegas...

Além de morrer de fome, pôr hidratantes anti-rugas, padecer do complexo do radiador velho que bebe água toda hora e, acima de tudo, ter armas para não cair vencida pela velhice, maquilar-me impecavelmente, cada manhã, desde a cara até o decote, ter o cabelo impecável e não me atrasar com as madeixas, que os cabelos brancos são pior que a lepra, escolher bem a roupa, os sapatos e os acessórios, não vá não estar apresentável para a reunião do trabalho.

E não só, mas também ter que decidir que perfume combina com o meu humor, ter de sair correndo para ficar engarrafada no transito e ter que resolver metade das coisas pelo celular, correr o risco de ser assaltada ou de morrer numa investida de um carro ou de uma moto, instalar-me todo o dia em frente ao PC, trabalhar como uma escrava, moderna claro, com um telefone ao ouvido resolvendo problemas uns atrás dos outros, que ainda por cima não são os meus problemas!!!

Tudo para sair com os olhos vermelhos - pelo monitor, porque para chorar de amor não há tempo!

E olhem que tínhamos tudo resolvido...

Estamos pagando o preço por estar sempre em forma, sem estrias, depiladas, sorridentes, perfumadas, unhas perfeitas, operadas, sem falar do currículo impecável, cheio de diplomas, de doutoramentos e especialidades, tornamo-nos super-mulheres, mas continuamos ganhando menos que eles e, de todos os modos, são eles que nos dão ordens!!!!

Que desastre!

Não seria muito melhor continuar cozinhando num fogão??

Basta!!!

Quero alguém que me abra a porta para que possa passar, que me puxe a cadeira quando vou me sentar, que mande flores, cartinhas com poesias, que me faça serenatas na janela!

Se nós já sabíamos que tínhamos um cérebro e que o podíamos utilizar, para que ter que demonstra-lo a eles??

Ai meu Deus, são 6h10 e tenho que me levantar da cama...

Que fria está esta solitária e enorme cama!

Ahhhh... Quero um maridinho que chegue do trabalho, que se sente no sofá e me diga: 'Meu amor pode trazer um whisky, por favor?' ou 'O que há para jantar?'...

Porque descobri que é muito melhor servir-lhe um jantar caseiro do que abocanhar um sanduíche e beber uma Coca-Cola light, enquanto termino o trabalho que trouxe para casa.

Pensa que estou ironizando ou exagerando?

Não, minhas queridas amigas, colegas inteligentes, realizadas, liberais e idiotas!

Estou falando muito sério...

Abdico do meu posto de mulher moderna.

E digo mais:

A maior prova da superioridade feminina era o fato de os homens esfalfarem-se de trabalhar para sustentar a nossa boa vida!

 Agora somos iguais a eles!

Autor desconhecido (se você souber a autoria, eu coloco os créditos)

4 comentários:

  1. A estas alturas, eu vejo como uma autoria coletiva, uma ressonância tão acentuada, que acabou se materializando em sentimento e texto, vindos da alma da grande parte das mulheres conscientes dos estragos que essas atitudes provocaram! Receio que essa família globalizada, não tenha tantos recursos para uma retomada corretiva...

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  2. Olá, Tereza.
    Sou grato pelo seu comentário.
    Cada um fazendo a sua parte, mesmo que poucos a façam, já é um grande alento.
    Um abraço fraterno

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  3. Muito bom. Depois da uma olhada na carta aberta aos pais que divulgamos: http://sorrisosdaalma.blogspot.com/2011/04/carta-aberta-as-maes-e-pais.html

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  4. Olá, Letícia.
    Li e gostei da carta aberta aos pais.
    Sou grato pelo seu comentário.
    Um abraço fraterno

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